Meu desejo sexual diminuiu…

Esse texto é para você que sente que o desejo sexual não é mais o mesmo do início do relacionamento.

 

Primeiro, calma! S2

 

Você viu no texto anterior que o homem “funciona” de um certo modo. Neste aqui vou explicar que a mulher também tem seu jeito de “funcionar”.

 

Em 2000, a psiquiatra Rosemarie Basson estudou e criou o “Modelo Circular da Resposta Sexual Feminina” (imagem abaixo), onde ela explica que as mulheres não necessariamente iniciam a atividade sexual a partir de fantasias e desejo sexuais, mas que nessa fase “inicial” há neutralidade sexual (a mulher não está desejando o sexo), mas tem motivação positiva. 

As razões de uma mulher para instigar ou concordar com o sexo incluem o desejo de expressar amor, receber e compartilhar prazer físico, sentir-se emocionalmente mais próxima, agradar o parceiro e aumentar seu próprio bem-estar. Isso leva a uma vontade de encontrar e focar conscientemente em estímulos sexuais (beijos, carícias etc.). 

 

Esses estímulos são processados na mente, influenciados por fatores biológicos e psicológicos. O estado resultante é de excitação sexual subjetiva. A estimulação contínua permite que a excitação e o prazer sexuais se tornem mais intensos, desencadeando o próprio desejo sexual: o desejo sexual, inicialmente ausente, agora está presente. 

 

A satisfação sexual, com ou sem orgasmo, ocorre quando a estimulação continua suficientemente longa e a mulher consegue manter o foco, gosta da sensação de excitação sexual e está livre de qualquer resultado negativo.
 

Modelo Circular de Resposta Sexual Feminino – Basson.

No início de uma determinada experiência sexual, uma mulher pode muito bem não sentir nenhum desejo sexual. Suas motivações para o sexo são complexas e incluem o aumento da proximidade emocional com seu parceiro (intimidade emocional) e muitas vezes o aumento de seu próprio bem-estar e autoimagem (sensação de se sentir atraente, feminina, apreciada, amada e/ou desejada).
 
Quando uma mulher está disposta a ficar excitada e desfrutar de uma experiência sexual, ela se concentra na estimulação sexual que ela e seu parceiro fornecem. Se a estimulação for como ela deseja, há tempo suficiente disponível e ela pode manter o foco, sua excitação e prazer sexual se intensificam. Claramente, o tipo de estimulação, o tempo necessário e o contexto (tanto erótico quanto interpessoal) são todos altamente individuais. Resultados emocional e fisicamente positivos aumentarão a motivação para uma próxima relação sexual.
 
Estudos mostraram que algumas mulheres relataram desejo que parece ser espontâneo, levando à excitação ou a mais entusiasmo para encontrar ou ser receptivo a estímulos sexuais. Esse tipo de desejo pode estar relacionado ao ciclo menstrual, ele diminui com o passar da idade, e em qualquer idade pode aumentar com um novo relacionamento.
 
Percebemos que a experiência sexual feminina é menos focada nos genitais, do que antigamente se achava, e muito mais dependente do afeto, da qualidade do relacionamento, das crenças e mitos sobre a sexualidade, da atenção e dos estímulos sexuais. Inclusive, a mulher pode sentir-se satisfeita naquela relação sexual mesmo sem ter tido orgasmo.
 
Portanto, está tudo bem se o desejo não aparecer espontaneamente em todas as vezes! Isso não quer dizer que você tenha algum problema. Mas, é importante lembrar que esse desejo pode ser estimulado! Manter a chama acesa é algo que todo casal deve fazer ao longo da relação.
 
Pense mais sobre sexo, use jogos ou brinquedos para estimular a imaginação, mande uma mensagem mais quente durante o dia, imagine como gostaria que esse momento fosse… Estas são algumas formas de aumentar o seu desejo por sexo! Quanto menos a gente pensa sobre um determinado assunto, menos temos vontade!
 
Pense nisso! 😉
 
 
 

Fonte: Basson R., Leiblum S.,et al. Revised Definitions of Women’s Sexual Dysfunction. J of Sexual Medicine Vol. 1, N. 1, 2004.

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